Assim como boa parte dos clubes do interior paulista, o Ituano chegou pelos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana. Com o intuito de disputar jogos e competições amadoras de futebol na década de 1940 um grupo de funcionários da ferrovia que atravessava Itu fundou, no dia 24 de maio de 1947, a Associação Atlética Sorocabana.
Com as cores da empresa ferroviária, o vermelho, azul e branco, o recém-inaugurado time marcou presença em campeonatos amadores disputados com times da região durante a década de 1950. Os jogos eram realizados em um campo localizado no fundo da oficina de trens, que atualmente é ocupada pela oficina do Trem Turístico Republicano. Atualmente conhecido como Estádio Municipal Dr. Álvaro de Souza Lima, o modesto campo situado no Bairro Padre Bento foi a primeira casa do Ituano Futebol Clube.
Em 1956, o time da A.A. Sorocabana conquistou uma vaga na 3ª divisão do futebol paulista e disputou o campeonato ao lado de times como Associação Atlética Saltense, Guarany Saltense Atlético Clube, Associação Atlética Avenida, Clube Atlético Ituano, Esporte Clube Primavera, Legionários de Bragança Paulista, Associação Atlética Portofelicense entre outros.
A primeira importante mudança na história do clube ocorreu em dezembro de 1965 quando a Associação Atlética Sorocabana alterou seu nome para Ferroviário Atlético Ituano. Uma assembleia que reuniu cerca de 180 participantes definiu o novo nome do time dos ferroviários da cidade com base na sugestão dada por Leonito Silva. Apelidado de F.A.I., o clube agora levava o nome de Itu.
No entanto, os anos seguintes não foram bons para o time, que disputou apenas jogos amadores e um período pouco glorioso perdurou até o final dos anos 70.
A grande retomada do clube ocorreu por volta de 1977 quando dirigentes da cidade se uniram com o objetivo de reacender a glória do futebol profissional ituano
Entre eles estavam Francisco Pezzodipane, Heládio Bispo Prado, Jesus Vasques Meira Perez, José Cláudio Carneiro, José Darcy de Souza, Otávio Boni, Pedro Zaccharias, Salvador Carpi, Sérgio Alexandre Fioravanti, Vicente Elias Schanoski. O grupo, reunia importantes nomes do Clube Atlético Ituano, o C.A.I., e por essa razão o grupo tentou reativar o time rubro-negro, porém, naquela época, o clube já havia sido desativado e acumulava muitas dívidas, inclusive com a Previdência Social, o que impedia o de se filiar a federação paulista.
Diante do impasse, o F.A.I., Ferroviário Atlético Ituano, que continuava jogando de maneira amadora e sem muita expressão, foi vislumbrado pelo grupo de dirigentes já que tinha sua documentação em dia
Liderados por Vicente Elias Schanoski, o F.A.I. buscou retomar a profissionalização do futebol com o retorno a terceira divisão do campeonato paulista da época.
Ocorre que a última divisão organizada pela Federação naquele momento era a segunda, e só contemplava clubes de cidades com mais de 90 mil habitantes. Itu, em 1977, tinha pouco mais de 60 mil
Porém, as conversas realizadas entre o presidente da Federação Paulista, Alfredo Metidieri, e os dirigentes do Ituano reascenderam a possibilidade de uma retomada da terceira divisão do futebol em São Paulo. Fato que se concretizou em 1978!
Com isso, sob o comando técnico de Geraldo Luis Sturem Vecchi, o “Gera”, e com um time forjado com atletas da cidade, o Ferroviário Atlético Ituano voltou a disputar profissionalmente o futebol. No ano seguinte, 1979, Sérgio Alexandre Fioravanti assumiu como técnico do clube
As cores atuais do Ituano Futebol Clube e seu brasão são muito parecidos com as do Clube Atlético Ituano, time sucessor do Esporte Clube Oficinas Gazzola. Fundado em 1953, durante a década de 1950 e 1960, o C.A.I. foi o principal time da cidade e mandava seus jogos no recém-inaugurado estádio municipal Dr. Novelli Júnior.
Conhecido como Marechal de Ferro, em alusão a Fundição Gazzola, o clube venceu a terceira divisão do campeonato paulista dos anos de 1954 e 1955, obtendo grande projeção ao time e inclusão na segunda divisão do campeonato.
Com o passar dos anos, no final da década de 1960, o clube perdeu seu prestígio e afundou-se em dívidas, encerrando sua trajetória no esporte da cidade.
Porém, a agremiação que reuniu grandes atletas da cidade, continua a ser lembrada graças aos dirigentes que, em 1977, ao assumirem o F.A.I. levaram junto as cores, o brasão e o espírito do C.A.I.
Foi no início dos anos 80 que o Ituano trocou suas cores, brasão e passou a jogar no Estádio Municipal Dr. Novelli Júnior. Influenciado pelo grande número de diretores e ex-jogadores oriundos do C.A.I. no seu corpo diretivo, o clube deixou de ser tricolor (vermelho, azul e branco) e adotou o rubro-negro como suas cores oficiais. Um dos objetivos, inclusive, era reunir mais torcedores, já que o C.A.I. era mais popular na cidade.
A ata que registra a alteração das cores é de 6 de dezembro de 1985, porém, sabe-se que o time já vinha jogando com as camisas rubro-negras desde o início dos anos 80.
Na mesma data que se oficializou a troca de cores do clube, tentou-se mudar o nome do F.A.I. As sugestões eram Ituano Esporte Clube e Atlético Ituano. Porém, nenhuma agradou e o clube se manteve com o mesmo nome até o fim de 1989.
A grande arrancada do Ferroviário Atlético Ituano para a elite do futebol paulista começou em 1982 quando Nabi Abi Chedid, então presidente da Federação Paulista de Futebol, elevou diversos clubes paulistas que disputavam a terceira divisão do futebol para a segunda.
O F.A.I. foi um dos contemplados com a ação e, ao lado de outros 53 times, disputou pela primeira vez a segunda divisão do Campeonato Paulista.
O clube disputou por oito anos a divisão do Campeonato Paulista. Em 1984, formou um dos times mais lembrados pela torcida e chegou a ficar 23 jogos invictos. O ano também marcou o retorno do centroavante Django, que já havia passado pelo clube em 1978, e é, até hoje, o maior artilheiro do Ituano com 147 gols.
Em 1986, outro grande time marcou época em uma grande campanha do clube.
O Ituano obteve o acesso a principal divisão do futebol paulista, pela primeira vez, em 1989. Uma conquista épica! Após a vitória por 1 a 0 no primeiro jogo da semifinal contra a Associação Atlética Francana, fora de casa, o Estádio Municipal Dr. Novelli Júnior reuniu mais de 12 mil pessoas, no dia 03 de dezembro, para ver o rubro-negro vencer a segunda partida por 5 a 1 contra o clube de Franca e, assim, se classificar para a final do torneio e para divisão principal do campeonato paulista de 1990.
A coroação, do ano que se tornaria mágico para a torcida, veio com o título da segunda divisão, na época, chamada de Divisão Especial. Uma vitória por 2 a 0, também no Estádio Dr. Novelli Júnior, sobre a Ponte Preta, garantiu o Troféu Casper Líbero, oferecido pelo Jornal A Gazeta Esportiva, ao Ituano.
O mais completo artista ituano sempre foi um apaixonado pelo clube. Simplício transformou a cidade ao criar a fama de que em Itu "tudo é grande". Isso ocorreu na década de 1960 graças ao seu personagem Ozório, um caipira que contava vantagem sobre o povo da capital, no programa "Praça da Alegria".
Anos mais tarde, entre os anos 80 e 90, no SBT, Simplício interpretou o garoto Rosauro, menino caipira, torcedor do Ituano, que gritava no ouvido de Carlos Alberto: "Ô, home!".
Com isso, a imagem do comediante vestindo a camisa do Galo rubro-negro repercutiu em todo o país e tornou o clube reconhecido. Simplício é, sem dúvida, um dos mais ilustres torcedores da história do Ituano.
O time iniciou a década de 1990 com nova denominação: Ituano Futebol Clube. A mudança marcaria a ascensão do time a elite do futebol paulista e a mais uma etapa no processo de profissionalização, que há muito tempo já não tinha nenhum vínculo com os trabalhadores ferroviários do estado ou do município.
O Ituano realizou bons campeonatos entre 1990 e 1993. O time conseguiu se manter bem na elite, apesar de nunca ter sido um grande destaque das competições. Foi durante este período que o clube lançou para o futebol o ídolo Juninho Paulista. O craque disputou o Paulistão de 1992 pelo Ituano e despertou a atenção do São Paulo Futebol Clube, que no ano seguinte passou a contar com o atleta em seu plantel.
No entanto, em 1994, o Galo amargou a última posição da tabela do Campeonato Paulista e foi rebaixado para a segunda divisão, agora, chamada pela Federação, de Série A2.
Em 1997, o clube foi vice-campeão da Série A2 do Paulistão e garantiu o retorno a divisão especial do ano seguinte. A comemoração durou pouco e o clube se viu rebaixado novamente após o campeonato de 1999.
Em maio de 1999, a empresa Ituano Sociedade de Futebol Ltda, que tinha como presidente Érika Sheila Adrigo Minelli e o Ituano Futebol Clube como sócio minoritário (1% de participação) assumiu a administração do futebol da equipe. Érika era esposa de Elio Aparecido de Oliveira, o Oliveira Junior, ex-radialista e, na época, empresário do futebol e agente Fifa.
Durante a gestão de Oliveira Júnior, o Ituano teve importantes conquistas. A principal delas foi o Campeonato Paulista de 2002, no ano em que retornou para a primeira divisão do estadual. A taça, erguida no estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto, onde o time venceu a última partida do campeonato e garantiu o título, foi muito comemorada por jogadores e torcida.
Com a vitória, o Ituano se uniu a Inter de Limeira e Bragantino, os únicos clubes do interior a conquistar o campeonato paulista da primeira divisão. Vinícius Bergantim, que posteriormente seria o treinador da equipe principal do Ituano, obtendo o recorde de maior longevidade do Brasil, era o capitão do time e ergueu com orgulho a taça para Itu.
No ano seguinte, o Ituano disputou o Campeonato Brasileiro da Série C e conquistou o primeiro título nacional de sua história e a vaga para disputar a Série B, onde ficou até 2007. Foi também durante a gestão Oliveira Júnior que time excursionou pela Europa, três vezes, e, inclusive, trouxe títulos.
Porém, no final de 2006, antes da conclusão do contrato da empresa de Oliveira Júnior com o clube, que era de dez anos, o empresário deixou o futebol e a cidade.
A saída repentina de Oliveira Júnior exigiu que um grupo de diretores do clube agisse rápido para colocar o Ituano em campo no início de 2007. O resultado surtiu efeito no início e o Ituano teve uma boa participação no Campeonato Paulista daquele ano, principalmente no seu início. No entanto, na sequência do ano, o time acabou rebaixado para a terceira divisão do campeonato nacional.
A dificuldade em tocar o time sem estrutura e financiamento exigiu que os diretores do clube buscassem gestores profissionais do futebol. Então a Traffic, empresa de gestão e marketing esportivo, assume a administração do futebol do Galo em 2008. A parceria, no entanto, é de pouco sucesso.
Apesar de um bom campeonato paulista em 2008, o time acabou rebaixado para a série D do Brasileiro no segundo semestre daquele ano. Em 2009 se livrou do rebaixamento do Paulistão na última rodada. Os resultados e conflitos entre a empresa e a diretoria fizeram com que o contrato de parceria fosse rescindindo antes do fim de 2009.
Juninho Paulista assume como gestor do Ituano no segundo semestre de 2009. O craque revelado nas bases do Galo encontra, no entanto, um cenário bastante ruim no e sabe que precisa reerguer o clube em todos os sentidos para ter resultados.
O principal problema a ser solucionado por Juninho foram as dívidas acumuladas, principalmente de processos trabalhistas que o clube enfrentava. A situação só foi controlada e totalmente sanada após anos de investimentos e acordos trabalhistas.
Em 2010, Juninho decide encerrar oficialmente sua carreira como atleta no clube que o lançou. Por isso, além de gerir o clube, o tetra campeão mundial com a Seleção Brasileira, também vestiu a camisa do Ituano dentro de campo naquele ano. O time não fez um bom campeonato paulista e se livrou do rebaixamento nos últimos minutos do último jogo com um gol de Juninho. Foi um final feliz para uma carreira de muito sucesso.
Longe dos gramados, Juninho se voltou totalmente para a gestão e reconstrução do clube, inclusive das categorias de base, e o início não foi fácil. Assim como ocorreu em 2010, o Ituano se viu muito próximo do rebaixamento no Campeonato Paulista nos anos seguintes e sem chance de disputar a quarta divisão nacional.
Porém, o trabalho de reconstrução das estruturas do time já havia começado a dar resultados e o ano de 2014 provaria isso.
Em 2014, com Doriva de técnico e Juninho Paulista no comando da gestão, o Ituano conquista o bicampeonato Paulista. O título mais importante da história do clube, em razão da dificuldade e do momento de reconstrução pelo qual passava, foi incontestável.
O Ituano tirou o Corinthians na primeira fase do campeonato, o Botafogo nas quartas de final, o Palmeiras na semifinal, e o Santos em dois jogos difíceis na decisão realizada no Pacaembu.
A vitória reconquistou a torcida rubro-negra, que passou a apoiar o time como há muito tempo não se via. A cidade se vestiu de vermelho e preto! No jogo da final, realizado no dia 13 de abril, mais de 3 mil Ituanos seguiram para a capital paulista, em ônibus, vans e carros.
A vitória deu ao clube a oportunidade de disputar a Copa do Brasil e o Brasileiro da série D no ano seguinte. Em 2015, o Galo chegou às oitavas de final da Copa do Brasil, sendo eliminado pelo Internacional de Porto Alegre. A melhor participação do clube no torneio até hoje. Em 2017, o rubro-negro conquistou o título de Campeão do Interior.
Em 2019, Juninho Paulista deixa a gestão do Ituano Futebol Clube para assumir o cargo de Diretor de Desenvolvimento do Futebol Brasileiro, na CBF. Atualmente o craque do Ituano é o coordenador da seleção principal.
Com isso, Paulo Silvestri, que já atuava ao lado de Juninho Paulista no clube, assume integralmente a função de gestor. Sob a supervisão de Silvestri o Ituano alcança a terceira divisão do Campeonato Brasileiro.
Hoje, o Ituano é um dos clubes mais estruturados do interior. A base reestruturada por Juninho Paulista e Paulo Silvestri tem revelado diversos atletas como Gabriel Martinelli, que vem fazendo sucesso no Arsenal da Inglaterra.
O Centro de Treinamento do Ituano, construído dentro das dependências do Novelli Júnior, possui três campos oficiais de treinamento e toda a estrutura necessária para um atleta profissional. Há alguns anos o Ituano se tornou uma referência e consequentemente uma das preferências dos atletas de futebol, sejam da base ou profissionais.
Não restam dúvidas que o futuro do Clube, que em breve completará 75 anos, será de glórias e conquistas ainda a serem descritas.
Texto: Rodrigo Tomba
Fontes Consultadas:
Arquivo Ituano F.C.
Revista do Ituano F.C.
Federação Paulista de Futebol
Revista Campo&Cidade
Jornal Periscópio
Folha de S. Paulo
Gazeta Esportiva
GE.com
IBGE
Apelidado de “Majestoso da Vila Nova”, em razão do bairro em que está situado, a casa do Ituano F.C. foi oficialmente inaugurada no dia 28 de março de 1954. O extinto Clube Atlético Ituano (C.A.I.) venceu a primeira partida disputada nos gramados do Majestoso. A vitória foi estrondosa: 6x1 contra o Amparo Atlético Clube.
Suas estruturas, na época, foram erguidas graças a uma comissão formada, desde 1951, segundo registros da época, por cidadãos ituanos e denominada Pró-Construção do Estádio, que tinha a frente o saudoso médico e advogado Luiz Gonzaga Novelli Júnior.
A comissão foi responsável por levantar fundos para viabilizar a construção por meio da venda de bilhetes cujos números sorteados dariam prêmios. O principal deles era uma casa, doada pelo Dr. Novelli Júnior. Além disso, os cidadãos também se mobilizaram em uma campanha para a doação de mãos-de-obra e tijolos.
Graças aos seus esforços na construção do estádio, em 1976, Novelli Júnior deu nome ao Majestoso. Ituano, Luiz Gonzaga Novelli Júnior nasceu em 1906 e, além de médico e advogado, também foi deputado federal, secretário estadual de saúde, vice-governador de São Paulo e escritor. Além disso possuía cargo no 3° Registro de Imóveis no Rio de Janeiro, cidade onde estudou na juventude e escolheu para morar após deixar a vida política e passar seus últimos dias.
As atuais estruturas do Estádio Municipal Dr. Novelli Júnior são frutos de diversas reformas realizadas pela prefeitura municipal de Itu ao longo dos anos. Em 1958 o Majestoso ganhou parte da arquibancada coberta, cerca de 200 lugares. A iluminação chegou somente em 1976 e era composta, na época, por quatro pequenas torres posicionadas próximas aos locais de cobrança de escanteios.
Na década de 80 ocorreram as maiores mudanças com a ampliação das arquibancadas, incluindo as cobertas, e o reforço da iluminação. O estádio, então, passou a comportar cerca de 10 mil pessoas.
O Estádio Municipal Dr. Novelli Júnior já havia recebido grandes públicos, como no jogo que garantiu o acesso do time a elite do futebol paulista, em 1989, contra a Francana, e foram registradas 12.207 pessoas presentes, apesar de se especular que havia muito mais. Na época, parte das arquibancadas era de tubos metálicos com assentos de madeira.
Com o acesso do Ituano a principal divisão do futebol paulista, o Majestoso precisou de uma nova reforma, realizada no início dos anos 90, já que, por determinação da Federação Paulista de Futebol, estádios de Clubes da primeira divisão tinham que ter capacidade mínima de 15 mil pessoas acomodadas em arquibancadas de alvenaria. Com as reformas, o estádio chegou a ter capacidade de 19 mil pessoal, comprovada no jogo Ituano 1 x 6 Palmeiras, em maio de 1994, com 18.802 pagantes, recorde de público até hoje.
Antes da Copa do Mundo no Brasil, outra grande reforma. Itu recebeu duas seleções mundiais em 2014, Rússia e Japão escolheram a cidade para se hospedar durante a competição. Os japoneses optaram por se alojar e treinar em um hotel, mas os russos utilizaram, para os treinamentos, as estruturas do Estádio Municipal.
Esta grande recepção ocorreu graças a reforma realizada em 2010 pela Prefeitura Municipal, com aporte federal, nas dependências do Estádio. Com a intenção de receber uma seleção para treinar no Majestoso foram realizadas melhorias no campo, nas arquibancadas, no sistema de iluminação, nas cabines de imprensa e nos vestiários. Foi nesse período que as arquibancadas receberam as obrigatórias cadeiras individuais, garantindo um púbico sentado de 17.399 pessoas no estádio.
Posteriormente foi construído, também para a Copa do Mundo, um refeitório, vestiários auxiliares e um centro de fisioterapia. Instalações atualmente ocupadas pela Secretaria Municipal de Esportes de Itu.
Em 2016, o gestor do Clube na época, Juninho Paulista, conseguiu investimentos por meio de Lei de Incentivo ao esporte para realizar mais uma grande obra nas dependências do Estádio Municipal. O Centro de treinamento do Ituano F. C., com mais dois campos auxiliares e a reforma do terceiro já existente. Junto vieram novas salas de musculação e fisioterapia.
Hoje, pode se afirmar, que o Ituano F.C. possui uma das maiores e melhores infraestruturas do interior de São Paulo graças há anos de investimentos e dedicação da comunidade e de profissionais que amam o time a cidade.
Texto: Rodrigo Tomba
Fontes Consultadas:
Arquivo Ituano F.C.
CPDOC FGV
GE.COM
FPF
Revista Campo & Cidade
Itu.com.br
Diretoria Executiva
PRESIDENTE: JOAO PAULO SILVEIRA RUIZ
VICE-PRESIDENTE 1: ANDRÉ RENATO BOFF
VICE-PRESIDENTE 2: GILBERTO RIBEIRO GARCIA
TESOUREIRO 1: ANDRE CARNEIRO SBRISSA
TESOUREIRO 2: ANDRE FERNANDO GIACOMIN
SECRETÁRIO 1: ADELINO CESAR RODRIGUES DE CASTRO
SECRETÁRIO 2: EDSON ROBERTO CORSI
Conselho Fiscal
Efetivos:
AFONSO LUIZ GUIDO
NICOLAU IUSIF SANTAREM
LAZARO GUILHERME PIUNTI
Suplentes:
MARIO AUGUSTO VERDERI PIVA
MANOEL MONTEIRO GOMES
WILLIAN QUICOLI DOS SANTOS
Conselho Deliberativo
Efetivos:
ALEXANDRE RICARDO GIACOMIN
ANGELO DE BERNARDES NETO
ANTONIO APARECIDO MONTEIRO CARVALHO
BENEDITO ROQUE MORAES
BRUNO MARCEL MELO VERDERI DA SILVA
DANILO CESAR COCCHIA
EDUARDO BENEDETTI PEREIRA
FABIO AUGUSTO DE OLIVEIRA E SILVA
JOÃO FERNANDO SCARAVELLI
JOSÉ APARECIDO PALONE
JOSE CARLOS GRIZOTTO
JOSE LUCAS DE OLIVEIRA ANDREAZZA
LUIZ VITIELLO JUNIOR
MANOEL ANTONIO GUARDIA
MANOEL HENRIQUE GIMENEZ ROLDAN
MARCIO BATISTA
MARCIO ROGERIO BOFF
MAURICIO CESAR BOCHINI
RICARDO GIORDANI
VINICIUS GUITTI MORAES
Suplentes:
ANDRE PHELIPE PACE
CRISTIANO CAMARGO RIBEIRO
CLAUDIO SCHINCARIOL NETO
EMILIO JOAO SCARAVELLI
FLAVIO CINTRA SANTORO
NICODEMOS JOVELLI
RENATO CESAR MENDES
ANTONIO CELIO MARTINS DO PRADO
A origem do Galo como mascote do Ituano F.C. possui mais de uma versão. A mais relatada por grande parte de ex-jogadores, para jornalistas e historiadores da cidade, remonta ao ano de 1957 quando os dois maiores rivais do futebol ituano disputaram a Taça Cidade de Itu.
Associação Atlética Sorocabana e Clube Atlético Ituano jogaram três partidas, e a Taça ficou para a Sorocabana, consagrada como o “Galo da Comarca”, apelido dado a disputa. Durante a comemoração do título, ainda no vestiário, o goleiro reserva da equipe, João Granja, apareceu com um galo feito de metal nas mãos e inflamou a torcida aos gritos de “Galo! Galo!”.
Outro relato aponta que a mascote nasceu das mãos do desenhista e torcedor da Sorocabana, Benedito Camargo, que após a vitória do Clube sobre o rival Ituano desenhou o Galo que ilustraria faixas e cartazes promocionais dos jogos da Sorocabana.
Também há referências a uma suposta frase escrita por torcedores da Sorocabana no muro da sede do Clube no dia seguinte ao jogo de 1957: “O Galo de Itu”.
O fato é que todos os relatos se referem ao mesmo ano e a mesma disputa. As causas que deram origem ao Galo Ituano são obvias, os pais dos Galos são muitos, os filhos... todos nós. Viva o Galo de Itu.
Textos: Rodrigo Tomba
Fontes Consultadas:
Arquivo Ituano F.C.
Revista Campo & Cidade
Itu.com.br
Federação Paulista de Futebol
Quis o destino que o lindo hino entoado pela torcida rubro-negra nos estádios brasileiros fosse escrito por um torcedor da Ponte Preta, um dos grandes rivais do Galo de Itu. Renato Silva, na verdade, além de pontepretano, era radialista e um exímio escritor de hinos!
Ituano, Ponte Preta, Olímpia, Bragantino, Ferroviária e XV de Novembro são alguns dos clubes que entoam hinos escritos por Renato, cujo nome, na verdade, era Benedito Pinto da Silva. O pseudônimo foi adotado quando iniciou seu trabalho de radialista.
Não se sabe ao certo a data da criação do hino, mas comenta-se que ele foi “encomendado” após o acesso do Clube em 1989. Outra confusão envolvendo a música oficial do Clube de Itu é o fato de, por muitos anos, afirmarem que o autor da letra era outro. Também autor de hinos, como o do São Caetano, Carlos Roberto de Jesus Polastro é referenciado como o autor do hino do Ituano em muitas situações ainda. A confusão, inclusive, acabou na justiça, que reconheceu Renato Silva como o verdadeiro autor.
O fato é que, independente de quem tenha escrito, o hino do Ituano ganhou o coração da torcida é entoado com alegria e emoção por todo o estádio em que o Rubro-Negro de Itu joga.
Letra
Galo Rubro-Negro Altaneiro
Forte, valente e audaz
És um gigante guerreiro
Ituano você é demais
Vencedor, sempre em frente
Não há ninguém como tu
Joga essa bola na rede
Ó Rubro-Negro de Itu
Olê olá, pode o mundo se acabar
Olê olê, vamos sempre com você
Não há ninguém como tu
Ó Rubro-Negro de Itu
Ituano, Ituano, Ituano
Que coisa linda, és o maioral
Dentro do campo, um só pensamento
Outra vitória, seu lema é ganhar
Sua bandeira balança
Distinto e amado varão
A grande massa proclama
Ituano é o grande campeão
Olê olá, pode o mundo se acabar
Olê olê, vamos sempre com você
Não há ninguém como tu
Ó Rubro-Negro de Itu
Escute aqui
Textos: Rodrigo Tomba
Fontes Consultadas:
Arquivo Ituano F.C.
Folha de S. Paulo
Revista Campo & Cidade
ultimadivisão.com.br
O primeiro ídolo do Sorocabana foi Mica. Amilcar da Silva Carneiro jogou em vários times em Itu até fazer parte do primeiro elenco do Sorocabana. Jogou da fundação em 1947 até a mudança de nome para Ferroviário Atlético Ituano no final de 1965..
Jogou no CAI
Conhecido como Bodinho, ele jogou na AA Sorocabana na década de 50 e depois defendeu o CA Ituano. Foi o primeiro atleta de Itu a jogar no exterior. Ele foi para o Canadá. Quando retornou ao Brasil voltou a jogar em Itu, já no FAI. A mudança de nome aconteceu no início dos anos 60.
Jogou no CAI. Outro atleta do “Marechal de Ferro” que depois jogou no exterior. Antes porem foi contratado pelo São Paulo FC. Depois seguiu os passos do Bodinho no Canadá. Fez sucesso no México onde jogou no Monterrey e Laguna.
Jogou no CAI
O atacante Django é o maior artilheiro da história do FAI (Ituano) com 147 gols marcados em 6 temporadas entre 1984 e 1989. Destes gols, ele destaca dois especiais. Marcado contra o Aparecida em 1984 e contra o São José em 1986. Ele jogou no Rubro Negro de Itu por quase 5 anos.
Atacante Jenildo chegou para a temporada 1988. Ele terminou como artilheiro do campeonato com 17 gols, empatado com Vidotti e Gerson.
Herói do acesso para a 1ª divisão. Ele abriu a goleada na semifinal contra a Francana. E na final contra a Ponte Preta, voltou a marcar um gol importante. Ele fez o segundo da vitória por 2x0, que deu o título da 2ª divisão para o Atlético Ituano.
Foram 7 temporadas vestindo a camisa do Atlético Ituano até o Ituano FC. Entre as camisas 5, 8 e 10. Ele nasceu em Campinas e começou na Saltense. Veio para o Ituano em 1984 onde jogou até o Paulista de 1990 quando foi contratado pelo Corinthians. Era eficiente na marcação, preciso nos passes e jogava em velocidade. Tinha boa finalização e chegou a marcar um gol olímpico no Paulista de 1986. Ele foi um dos heróis da campanha do acesso de 1989.
Goleiro campeão Paulista em 2002 e Brasileiro Série C em 2003. Provavelmente é um dos recordistas de jogos no Ituano com mais de 350 jogos.
Nascido em Salto, começou aos 14 anos na base do Ituano. Jogou em todas as categorias até ser profissionalizado em 2000. Zagueiro, foi capitão do título Paulista de 2002. Depois seguiu para Hannover da Alemanha onde jogou por 8 temporadas.
Nascido na divisa de São Paulo com o Paraná, em Timburi. Ele começou a carreira no Platinense/PR quando foi descoberto em 1981. Na época jogava como centroavante e virou zagueiro no próprio Ituano. Em 1984 ele participou da grande campanha na Divisão Intermediária. Time que recuperou o apelido de Rolo Compressor e foi campeão da 1ª Fase.
Nascido na capital, veio jogar por um clube de São Caetano um amistoso contra o Ituano. Chamou atenção e foi chamado para o sub 20. Estreou profissionalmente em 1992 e disputou dois Campeonatos Paulistas. Fez gol contra o São Paulo e foi contratado a pedido do técnico Telê Santana. Depois de jogar na Europa e ser campeão do Mundo em 2002, encerrou a carreira no próprio Ituano em 2010.
Em Junho de 2009, após passar por momentos críticos e enfrentando enormes dificuldades para continuar suas operações, o Ituano F.C. decidiu terceirizar, para seu grande ídolo Juninho Paulista, a gestão do Futebol. Esta nova gestão profissional foi formalizada por meio de um contrato com duração inicial até 2015.
Em 2015, com a chegada de novos investidores, o contrato de gestão profissional foi aperfeiçoado e prorrogado até 2030.
A terceirização do futebol pelo Ituano para um grupo sério de profissionais, comprometidos com a transparência e com o crescimento do futebol, abriu as portas do Clube para um período de reestruturação e estabilização, sem precedentes em sua história.
Com o desenvolvimento de áreas estratégicas, como finanças, jurídico e marketing, o Ituano se transformou em um caso de sucesso de gestão de futebol no Brasil.
Em Maio de 2019, com a saída de Juninho Paulista para a CBF, Paulo Silvestri assumiu como Gestor do Ituano, mantendo o rumo definido nos primeiros 10 anos da gestão profissional.
Todos os departamentos que envolvem o futebol profissional e de base do Clube são profissionalizados e compostos por experientes e competentes profissionais.
A implementação de métodos de gestão profissional e de excelência desportiva, com planejamento e metas, associadas a um modelo sustentável de gestão em todos os departamentos, tornaram a Gestão Profissional do Ituano uma referência para outros clubes e federações.
Desde que a Gestão Profissional assumiu o Ituano Futebol Clube, marcos importantes foram conquistadas, como o retorno da base, a construção de campos de treinamentos e a recuperação do campo principal, além, é claro dos campeonatos e acessos seguidos.
Hoje, consideramos as seguintes datas como marcos da história do Ituano F.C.:
1947: fundação
1989: Acesso à Série A1 do Campeonato Paulista
2002: Campeão Paulista
2003: Acesso à Série B e Campeão da Série C do Campeonato Brasileiro
2014: Bi-Campeão Paulista
2017: Campeão do Interior SP
2019: Retorno à Série C do Campeonato Brasileiro
2021: Retorno à Série B e Bi-Campeão da Série C do Campeonato Brasileiro
O Contrato de Gestão, assinado em 2009 e renovado em 2015, transfere os direitos e as obrigações relacionadas ao futebol do Clube para a empresa gestora. Em resumo, a gestão profissional:
- É responsável por todas as receitas e despesas do Ituano
- Administra as contas bancárias e recursos em caixa
- Tem poderes para negociar e assinar acordos e contratos
- Contrata e desliga colaboradores, atletas e membros da comissão técnica
- Representa o Ituano em todas as instâncias (FPF, CBF)
- Injeta recursos para cobrir déficits
- Distribuir superávits
- Toma todas as decisões relacionadas ao futebol no Ituano
- Toma decisões em geral, com exceção de assuntos estruturais da Associação
De acordo com seu Estatuto, o Clube tem corpos de direção e governança e estes participam da gestão de diversas formas:
Os Sócios:
- Elegem a Diretoria, o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal a cada 3 anos (última eleição em Dezembro de 2020).
- Devem aprovar eventos relevantes e mudanças na estrutura da Associação.
A Diretoria:
- Exerce a Direção da Associação.
- Interage com a gestão profissional, acompanhando os eventos e recebendo relatórios periódicos.
Conselho Deliberativo:
- Recebe relatórios da gestão profissional, principalmente as demonstrações financeiras, para aprovação.
- Recomenda decisões à Assembleia de Sócios.
O Conselho Fiscal:
- Analisa e recomenda (ou não) a aprovação da demonstrações financeiras.
Os órgãos de governança da Associação Desportiva e a Gestão Profissional trabalham em harmonia, de forma construtiva, sempre visando o bem do Clube. Cabe mencionar que, em mais de 10 anos de convivência, não houve rompimentos ou disputas legais, sendo as eventuais diferenças de opinião sempre resolvidas de forma profissional e transparente.
Ao longo do tempo, a gestão profissional conseguiu sanar problemas e quitar contingências do passado, o que refletiu na melhoria das contas e da situação financeira do Clube.
Já há alguns anos as Demonstrações financeiras são submetidas a Auditores Externos independentes. Anualmente, estas demonstrações financeiras são submetidas ao Conselho Fiscal e ao Conselho Deliberativo. Desde o início da gestão profissional, as contas e demonstrações financeiras tem sido aprovadas, sempre sem ressalvas ou restrições.
BAIXAR O RELATÓRIO DE AUDITORIA 2023
Em decorrência das exigências do programa da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, publicamos os Termos de Cotação Prévia dos itens que pretendemos incluir na planilha orçamentária dos projetos de formação, que estão em fase de elaboração, e serão propostos junto à Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo.
Veja os termos de cotação