Jean Pyerre pediu apoio para o jogo de quarta no Novelli

A estreia do Ituano no estádio da Serrinha, propriedade do Goiás, não foi como todos imaginavam, após os últimos treinamentos e conversas sobre esse momento que atravessa o clube. A última vez que o Ituano enfrentou o Goiás, mesmo perdendo no Serra Dourada, em 2015, voltou festejando a classificação para as 8as de final da Copa do Brasil. Desta vez pelo Brasileiro Série B, nova derrota do Ituano. Perdeu para o Goiás por 2x0. Essa é a quarta derrota seguida na competição. E como na última partida, houve aspectos positivos do time, apesar do resultado negativo. “Concordo que o time estava bem no primeiro tempo. Tivemos a primeira chance clara no jogo e não saiu o gol. E depois numa infelicidade nossa. Nós tínhamos o controle da bola nesta fase defensiva. Eles recuperaram a bola e dentro da área, saiu o nosso gol. Ainda tivemos uma bola no travessão do Paiva, num pouco de infelicidade nesta jogada. No segundo tempo tínhamos que ter voltando mais forte. Inclusive com os jogadores que entraram. Para dar mais energia, e automaticamente o lado técnico também. Tínhamos que estar mais concentrados e se pegando nos detalhes, para continuarmos vivos no jogo. Com o 2x0 fica mais distante você conseguir uma possível virada. É um pecado diante do trabalho que estamos fazendo nos treinos, sofrermos mais uma derrota. Tem coisas boas. Temos que ser fortes. Temos que passar por esses momentos difíceis. Superarmos, pois não foi fácil para ninguém chegar aqui onde nós chegamos. Eu primeiro como atleta, e depois como treinador. Eu como o líder do time, tenho que ser mais forte do que ontem para sairmos desta situação. O campeonato está começando, mas é lógico que é preocupante. O próximo jogo é em casa e precisamos dar uma resposta para todos nós” comentou Alberto Valentim em coletiva após o jogo. Com a derrota, o Ituano segue sem pontuar na competição. O próximo compromisso do Ituano será na quarta, às 19 horas, contra o líder Sport Recife, no Novelli Júnior.

A primeira oportunidade foi do Ituano, aos 2 minutos. Thonny Anderson toca para Leozinho que tira o marcador e bate no canto. A bola raspa o poste esquerdo. Aí veio o descuido no sistema defensivo e gol do Goiás aos 10. Em seguida, o Ituano deu uma resposta. Person cobrou a falta na direita para o segundo pau. O zagueiro Walber subiu alto e cabeceou para o chão. O goleiro Tadeu evitou o empate, colocando para escanteio. O Ituano teve outra chance de empatar após jogada de Leozinho pela direita. Ele toca para Person que acha o Vinicius Paiva no meio. Ele abre e bate pelo alto. A bola vai no travessão e a defesa goiana tira da área. Até o início do 2º tempo, o Goiás conseguiu duas finalizações perigosas e o goleiro Jefferson evitou o segundo gol. O Ituano não criou outra oportunidade e o Goiás chegou aos 2x0 aos 27 do 2º. “Sabíamos antes do jogo que o jogo aqui seria muito difícil pela força do Goiás. Nesta hora, precisamos fazer uso da qualidade individual, cada um dar o máximo dela. Temos que ser fortes mental para reagirmos. Agora temos a oportunidade com o Sport. Mesmo sabendo que é um time muito forte. Um dos candidatos para o acesso. Nós temos que fazer o nosso papel. Sermos mais fortes do que ontem e do que fomos até agora” afirmou Alberto Valentim. No final da partida, o atacante gaúcho Jean Pyerre pediu apoio para o jogo de quarta que terá promoção. O torcedor que levar um fardo de água mineral (garrafas de um litro e meio) pode trocar por um ingresso da arquibancada descoberta. “Nós do Sul estamos precisando de apoio. Minha cidade Alvorada está com 90% debaixo d´agua. A situação não está fácil. Peço que nosso torcedor compareça na quarta. E também que nos apoie. Acreditem em nós” pediu Jean Pyerre. Na coletiva, Valentim foi perguntado sobre essa situação. “Em relação ao Rio Grande do Sul temos que estar muito unidos como brasileiro. O povo brasileiro está dando uma resposta positiva de união. Não sei de em outro País fariam igual se estivessem numa situação igual”. E completou. “Voltando para o jogo, já falei em outras oportunidades, sabendo das insatisfações dos torcedores e pressão da torcida. Que eles estão na razão. Falei também que nós precisamos estar unidos. Assim estaremos mais fortes. A cidade tem que nos abraçar, os torcedores têm que nos abraçar. As cobranças acontecem aqui dentro. Eu não externo as falhas e não aponto dedo para ninguém. Lá dentro as cobranças são feitas. Temos que estarmos mais unidos. Incluindo os torcedores. Para assim, sairmos desta situação”, finalizou.  

Acaz Fellegger

Jornalista Mtb 19.426 SP

12/maio