Gols só após os 90 no Rei Pelé

Postado em 18/06/2022
Jimenez fez o gol após os 45 do 2o tempo

O Ituano voltou após 6 anos ao Rei Pelé em Maceió e ofereceu um bom futebol no confronto com o CRB, tentando fazer jus ao nome do estádio. Os primeiros 45 minutos foram de muitos lances de gol das duas equipes. Finalizações corretas e boas participações dos dois goleiros. No primeiro tempo, Pegorari fez quatro defesas e Diogo cinco. Além de duas bolas na trave, uma de cada time. Mas, não houve gol. A emoção maior do futebol que é o gol só saiu após os 90 minutos regulamentares. Ituano fez aos 45´50 e o CRB empatou aos 54 da segunda etapa. “O resultado foi justo. O contexto que nos faz chateado. Marcar um gol aos 45 e sofrer o empate nos acréscimos. Que já tinha passado o tempo determinado. Se você fizer uma análise do jogo o resultado foi justo” comentou o técnico Mazola Júnior. Com o empate, a situação do Ituano na classificação não se modificou. Mesmo conquistando um ponto, agora subiu para 14, o time segue na 14ª colocação. O Ituano agora terá 11 dias até a próxima partida. “Neste momento que nós estamos, com alguns jogadores saindo do departamento médico, e quatro atletas nossos que estão lesionados, este adiamento com o Cruzeiro caiu bem para nós. Vamos trabalhar nesses 11 dias até o jogo com o Guarani para ter este pessoal voando e conseguir um bom resultado. Lembrando que será o nosso terceiro jogo fora de casa” disse Mazola.

A primeira oportunidade de gol foi com Aylon que acertou uma bomba no ângulo para a primeira defesa de Diogo. O CRB respondeu com uma cobrança de falta perigosa de Longuine. A bola quicou no gramado e foi na trave. Pegorari apareceu nos dois lances seguintes. Num cabeceio à queima roupa e em outra falta que ele foi seguro e não deu rebote. O Ituano respondeu com um chute de Dudu Vieira que explodiu no poste. Após escanteio no segundo pau, o cabeceio de Rafael Pereira tinha o endereço certo. Diogo desviou e a bola ainda tocou na trave. Logo na sequência, Caíque tentou de fora da área como havia prometido durante a semana. Diogo ofereceu rebote, mas ninguém chegou a tempo. Aylon teve outra oportunidade ao recuperar uma bola no meio campo e acertar outra bomba. Antes do intervalo, Rafael Longuine tentou de fora da área em duas finalizações. Na primeira, a bola quicou no gramado, mas Pegorari estava atento. E em nova cobrança de falta para a defesa de Pegorari. No segundo tempo, as oportunidades de gol diminuíram. Através de cruzamentos, os dois times buscaram abrir o placar. Cordoba cruzou para o cabeceio de Lucas Siqueira. Em lance parecido, Pegorari evitou gol em outra cabeçada dentro da área. Aos 23 Mazola fez três alterações. Promovendo o retorno de Neto Berola após 3 meses lesionado, Gerson Magrão que voltou de lesão e Jimenez. Deram nova movimentação no time, mas o gol só saiu após os 90 minutos.

Quando o cronômetro chegou aos 45 da segunda etapa, o árbitro Marielson Barreto determinou 5 minutos. Aí vieram as emoções. Gerson Magrão cobrou escanteio fechado, e com um pequeno desvio de cabeça de Jimenez, colocou a bola no ângulo contrário do goleiro. Aos 50 minutos, o zagueiro Bernardo recebeu uma bolada e a partida precisou ser paralisada para atendimento médico. Foram acrescidos mais dois minutos. Aos 51:25 Reginaldo recebe dentro da área e na disputa de bola vai ao chão. O árbitro não marca a falta, mas o VAR chama para revisão. Pênalti marcado e Anselmo Ramon empatou aos 54 minutos de jogo. “O Marielson fez uma boa arbitragem. Só não entendi porque ele deu tanto de acréscimo. Não houve tanta paralisação e nem cera para justificar esse tempo. E o lance com o Bernardo foi um lance casual. Ele tomou uma bolada. Não foi cera. E ele deu mais alguns minutos” reclamou Mazola Júnior que acrescentou. “Jogar aqui sempre é muito difícil. A torcida sempre empurra o time da casa. Pelo jogo todo o resultado é justo. Pelas circunstâncias que me deixa chateado. O pênalti aconteceu, mas igual a este lance o Ituano já teve vários e não teve pênalti para nós. O que contestei a arbitragem foi o tempo de acréscimo. Ele deu um tempo excessivo. Tanto que após o pênalti ele acabou a partida. Ele tem consciência que passou do limite no tempo. Mas repito, voltar com um ponto não foi mal” afirmou Mazola.

Acaz Fellegger

Jornalista Mtb 19.426 SP

Marlon Costa

Fotografo

18/junho

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