O Ituano retornou ao oeste catarinense após um ano e não se deu bem. Voltou machucado de Chapecó. Na segunda etapa perdeu três atletas lesionados. O lateral Mário Sérgio no intervalo, o meio-campo Thiaguinho com uma lesão muscular significativa e com o atacante Zé Carlos que recebeu um chute no rosto já nos acréscimos da partida. Ele teve que sair de maca para a ambulância e passou a noite em observação no hospital. No lance, Gustavo Cazonatti que deu a bicicleta e acertou o rosto do jovem do Ituano recebeu o vermelho. Ele foi o autor do único gol da partida que determinou a vitória da Chapecoense. O Ituano voltou machucado para Itu. Com as lesões e com o inesperado resultado negativo. “A gente sempre tem uma proposta de jogo ofensivo, com bola ou sem bola. Quase 60% de posse de bola. Mais de 18 ataques no último terço. Finalizando e chutando. Infelizmente a gente acaba tomando um gol igual a gente tomou. Ainda mais procurando reagir. Procurando fazer as coisas acontecerem, buscando o gol e tendo chances. Não acontece. A gente sai sim com um sentimento ruim. Mas eu já falei no vestiário que um grupo forte se faz nesses momentos. A gente vem fazendo, vem criando e tendo volume cada vez mais. Eu acredito no grupo que a gente tem e creio que vamos ter um retorno seguro. Agora é descansar e também concentrar para o próximo jogo. Não dá tempo para ficar lamentando”, comentou o técnico Márcio Freitas. Com a derrota, o Ituano permanece com 20 pontos, mas não perde posição na classificação. Segue em 14º. No próximo sábado fecha o turno contra o Avaí no Novelli Júnior.
Pelos 40 segundos iniciais, pareceu que o jogo seria de muitas finalizações. Cada time teve uma oportunidade ofensiva. O Ituano com Paulo Victor. Embora tenha criado mais chances de abrir o placar, o Ituano não foi efetivo. Yann Rolim cabeceou para fora um cruzamento, José Aldo driblou e bateu colocado de fora da área. Por cima. E Saraiva fez boa jogada pela esquerda e finalizou por cima. Na saída para o intervalo, o meia Yann Rolim, titular pela primeira vez, afirmou. “Estamos criando, mas está faltando a última bola. Precisamos de uma melhor finalização para chegarmos ao gol”. Na segunda etapa quem chegou ao gol foi a Chapecoense após um escanteio da direita. Jefferson Paulinho fez a defesa parcial e no rebote, Cazonatti fez de cabeça. "Fizemos um bom jogo. Infelizmente a vida de goleiro é assim. Assumo toda a responsabilidade. Passou por mim o resultado do jogo. Faz parte do processo. Tivemos posse de bola, poder de fogo e acho que esse é o caminho. O Ituano joga dentro e fora de casa da mesma forma e a gente vai muito forte para conseguir o resultado diante do Avaí" explicou o goleiro Jefferson Paulino ao final da partida na Arena Condá. “O Jefferson salvou muitos gols para nós. O crédito dele é enorme. E tem momentos que podem acontecer. Eu conversei com ele e disse para levantar a cabeça. É um baita de um goleiro e a gente tem toda a confiança nele. Olha para frente e vamos embora. Não dá tempo de lamentar. Isso é uma coisa que falo para eles: Na vida não dá tempo. A gente tem que olhar para frente e procurar corrigir e melhorar para que as coisas aconteçam” defendeu o técnico Márcio Freitas.
O Ituano aumentou a pressão em busca do empate e Márcio Freitas colocou mais dois atacantes. Os jovens Felipe Fonseca e Zé Carlos. Antes ele já havia colocado o Quirino para aumentar o poder de finalização. “Quando eu tiro o Hélio e puxo o PV para a direita, é para a gente continuar com potência e com velocidade. O Quirino é um cara mais de área. Em alguns momentos que a gente treina, também trabalho com o Quirino e o PV por dentro como dois jogadores de área, segurando os zagueiros. E aí é colocar juventude, mais energia e mais velocidade. São garotos que vêm tendo confiança e crescendo no momento que não é tão fácil. Eu falei junto ao grupo que a oportunidade não vai avisar. Ela vai chegar. Então os garotos estão entrando, estão buscando o seu espaço. Daqui a pouco vão ter mais confiança. A gente vê o Fonseca entrando mais e tendo mais ofensividade. O Zé hoje entrou, infelizmente acabou se machucando. Mas procura fazer aquilo que a gente treina. Com intensidade, olhando para frente e sendo agressivo” explicou Márcio Freitas que terá dois dias para recuperar até o jogo de sábado contra o Avaí para fechar o turno. “Espero fazer o nosso papel em casa. Com o apoio da torcida. Estamos num caminho onde há uma construção de ideia de modelo de jogo, de comportamento e de identidade. Como eu já falei para eles. Não é em 40 ou 50 dias que isso vai se concretizar. Mas é durante as partidas, durante os treinos e a longo prazo. Eu acredito que estamos no caminho certo, com volume, com intensidade e com posse de bola. E tendo isso, com certeza eu creio que as vitórias irão ocorrer e os gols vão sair” finalizou.
Acaz Fellegger
Jornalista Mtb 19.426 SP
Tiago Meneghini / ACF
10/julho