A estreia do técnico Gilmar Dal Pozzo no comando do Ituano foi adiada por causa da tempestade de domingo. Se o jogo não aconteceu em casa, o Ituano viajou até Mirassol, o adversário mais distante deste Campeonato Paulista, Gilmar teve mais alguns dias para conhecer o elenco e ajustar correções dentro de suas observações. Só não contava com um erro do árbitro Douglas Marques das Flores que contrariou a observação do VAR e manteve a decisão de campo, confirmando um pênalti para o Mirassol aos 29 da primeira etapa. “Foi determinante. Duas situações. Vi a imagem e o Jeferson toca primeiro na bola e depois existe o contato, porque o jogador do Mirassol vai ao encontro da bola. E também quero acreditar no relato do meu goleiro que mostrou a chuteira rasgada. Pois recebeu um pisão no pé. Então não houve o pênalti no meu ponto de vista. E este lance foi determinante para o resultado. Este é o 7º pênalti no campeonato, e eles ficam muito irritados quando isto acontece. Principalmente porque não foi. Por isso digo que este lance foi determinante para o resultado da partida” comentou Gilmar Dal Pozzo. O próprio goleiro Jeferson Paulino confirmou para a transmissão da TV na saída do intervalo. “Primeiro eu toquei na bola, depois o atacante deles pisou no meu pé que está doendo. Não foi pênalti. Tanto que o VAR deve ter visto isso e pediu a revisão do lance para o árbitro que preferiu manter a decisão dele” disse Jeferson Paulino. O Ituano perdeu para o Mirassol pelo placar mínimo e segue com 6 pontos na competição. Foi a quarta derrota em 8 jogos.
Ao enfrentar o Mirassol, quarto ataque mais positivo da competição no estádio José Maia, o Ituano do técnico Gilmar Dal Pozzo pensou numa estratégia para equilibrar a partida. Embora o Mirassol tenha sido melhor na primeira etapa, foi o Ituano que criou a primeira grande oportunidade aos 10 minutos. Paulo Victor fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro para trás. Gabriel Barros ganhou na dividida e finalizou na saída do goleiro Alex Muralha. A bola bate, ricocheteia no próprio Barros e quando estava entrando, o zagueiro Thallison tira a bola de bicicleta. “Foi um jogo muito equilibrado contra um adversário que tem muita qualidade e propõe o jogo. Tem vocação ofensiva. Viemos com uma proposta de marcação, para também jogar no contra-ataque e neutralizando esta saída de bola deles. Nós trabalhamos para esta bola não entrar no Yuri, jogador deles que tem qualidade. E o gol saiu desta forma” explicou Gilmar. Antes do intervalo, Jeferson Paulino evitou o gol em duas finalizações certeiras. “No segundo tempo voltamos com uma postura diferente. Fizemos uma saída de três. Controlamos mais o jogo e criamos duas situações claras de gol. O resultado mais justo era o empate pelo que nós produzimos no segundo tempo. O Mirassol foi melhor no primeiro e soube aproveitar a oportunidade. No segundo tempo nós melhoramos e dominamos. Mas não fomos letais na finalização”, lamentou Gilmar. As finalizações foram em cobrança de falta com Raí Ramos que bateu forte, rasteiro, para a defesa de Alex Muralha. E a outra foi nos acréscimos com Rafael Silva após receber lançamento, dominar, e finalizar para nova defesa do goleiro do Mirassol que garantiu o placar final.
Na saída do jogo, o meio-campo André Luiz, eleito um dos melhores na transmissão da televisão comentou sobre mais este resultado negativo do Ituano. "Nosso time fez uma partida forte, creio que estamos pecando nos detalhes para concluir em gol. Chega a ser estranho sete pênaltis contra nós. O árbitro ficou em dúvida, foi rever, mas infelizmente marcou a penalidade. O grupo está trabalhando forte e agora temos dois jogos em casa para reverter essa situação" disse o reforço André Luiz que fez seu 4º jogo no Ituano. Agora o Ituano terá dois jogos no Novelli Júnior para sair das últimas posições da tabela de classificação. Neste domingo recebe o Santo André e na próxima quarta recebe o São Bernardo, da partida adiada do último domingo. O técnico Gilmar Dal Pozzo lembra que primeiro o time tem que pensar no primeiro jogo. “Rapidamente precisamos recuperar a parte mental. É muito difícil a gente perder. Fico muito indignado. Não gosto de perder. Quero que este grupo de atletas tenham este mesmo sentimento de indignação por conta do resultado. O tempo é curto. Temos que buscar solução. Sábado vou fazer um trabalho tático. E pensar no primeiro jogo que é o Santo André. Estudar a melhor estratégia. Ver uma definição em qual postura vamos enfrentar nosso adversário. Se a que usamos no primeiro tempo, ou aquela do segundo tempo com saída de três. Escolher a melhor estratégia e irmos mentalmente fortes para este jogo de domingo que será uma decisão para nós. Só depende de nós produzirmos um grande futebol e merecermos o resultado” afirmou Gilmar.
Acaz Fellegger
Jornalista Mtb 19.426 SP
Miguel Schincariol
Fotografo
17/fevereiro